quinta-feira, 28/03/2024

Queiroz Galvão arremata blocos da bacia de Sergipe

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Somente dois dos 10 blocos da Bacia Sergipe-Alagoas foram arrematados sem ágio pela Queiroz Galvão, ontem, na 13ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo (ANP), que ocorreu no Rio de Janeiro.  O bloco 428 está totalmente na área marítima de Sergipe, enquanto que parte do 351 está entre o estado sergipano e o alagoano. Os 266 blocos exploratórios de petróleo e gás oferecidos, foram vendidos apenas 37. Considerado frustrante pelo mercado, das 10 bacias que compuseram os blocos, seis delas não tiveram interessados. A Petrobrás não arrematou nenhum bloco.

A expectativa da ANP era arrecadar com a venda dos 10 blocos das bacias de Sergipe e Alagoas R$ 411 milhões, considerado o bônus de assinatura mínima. Como só dois blocos foram vendidos, essa perspectiva caiu por terra. O bloco 428 foi arrematado por R$ 36.860.099,99, enquanto que o 351 foi R$ 36.143.599,99.  Para todos os 266 blocos o esperado era de R$ 978 milhões, mas arrecadado foi de R$ 121,1 milhões.

Ao se referir a compra dos dois blocos da Bacia de Sergipe e Alagoas, o presidente da Queiroz Galvão Exploração e Produção, Lincoln Guardado, disse que a compra destes dois blocos sergipanos estava nos planos da companhia porque a estrutura da bacia é muito boa e, embora represente um desafio, “não preocupa em demasia”.

Questionado sobre ter adquirido os blocos sem ágio, Lincoln brincou: “teve sim, foi R$ 99,00”.  Para ele, a companhia ver muito valor nestes dois blocos em função das descobertas feitas anteriormente. “É um novo polo de exploração e produção no Brasil e é, dentro dessa lógica, olhando para o longo prazo, que investimos”, explicou. “A Queiroz Galvão tem preparo técnico para exploração em águas profundas e destacou que a estrutura da bacia é muito boa, o que representa um facilitador”, completou.

Logo depois do arremate dos blocos, o consultor especial do Governo de Sergipe para área de petróleo e gás, José Oliveira Júnior,  ligou para o governador em exercício, Belivaldo Chagas, para informá-lo sobre as vendas. Ele disse que Belivaldo ficou satisfeito e lembrou da importância do ex-presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, que morreu no último domingo. “Como presidente da estatal, José Eduardo incentivou os investimentos exploratórios, que nos dão a certeza da presença de óleo de boa qualidade no mar em Sergipe”, afirmou o governador.

Oliveira Júnior
Consultor de petróleo e gás, José Oliveira Júnior

Oliveira Júnior fez uma avaliação positiva do leilão para o Estado. “Vimos que outros locais que tinham ofertas em mar não obtiveram lances. E em Sergipe tivemos resultados nos deixa otimista, com perspectiva de crescimento no setor de petróleo e gás. Será uma empresa brasileira que confia no Estado e no país, com conhecimento da nossa realidade”, analisou Oliveira Júnior.

Sem ofertas –   As bacias citadas por Oliveira Júnior que não tiveram interessados foram Camamu-Almada (BA), Jacuípe (BA), Espírito Santo, Campos, Amazonas e Pelotas. A Petrobras — ao contrário das outras rodadas, em que era dominante — não apresentou qualquer proposta, nem integrando algum consórcio. O leilão era considerado pelo mercado como desafiador, levando em conta os preços mais baixos do petróleo e a crise da estatal.

As quatro bacias que tiveram ofertas foram Potiguar, Parnaíba, Sergipe-Alagoas e Recôncavo. O total arrecadado foi de R$ 121,1 milhões, sendo que a maior parte vem da Queiroz Galvão, que vai desembolsar R$ 99,9 milhões.

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