quinta-feira, 25/04/2024
O candidato do PMN, João da Tarantela, com 1% nas pesquisas, disse que será o número um na prefeitura

João da Tarantela diz que fará pente fino na Prefeitura

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Mesmo com 1% de intenção de votos na pesquisa do Ibope, o candidato a prefeito de Aracaju, João da Tarantela (PMN), tem certeza que em 2017 estará no Palácio Aloísio Campos, sede do governo municipal. E manda um aviso ao atual secretariado do governo João Alves (DEM): tomando como base as declarações do vice-prefeito, José Carlos Machado (PSDB), de que a “equipe de João rouba”, passará um pente fino em todas as secretarias e se for comprovada alguma irregularidade todos vão para cadeia. Tarantela sugeriu, também, que João retire a candidatura, disse que a campanha de Edivaldo Nogueira (PCdoB) é sem futuro, e aconselhou que o governador Jackson Barreto (PMDB) desça do palanque do comunista e vá cuidar do Estado, pois sua administração é um caos.

SÓ SERGIPE – Por que o senhor quer ser prefeito de Aracaju?

JOAO DA TARANTELA – Para dar uma esperança ao povo de Aracaju e de Sergipe que está abandonado. Temos um prefeito desorientado que não tem mais idade e, o mais grave: quem denunciou João Alves Filho (DEM) não foi um cidadão qualquer, mas o vice-prefeito (José Carlos Machado, PSDB) e amigo pessoal dele há 50 anos. Se o Brasil fosse um país sério, se os políticos encarassem a coisa de forma séria, doutor João já teria renunciado, imagine ele tentar a reeleição. É vergonhoso. E ele ainda sonha, aos 80 anos, ser governador de Sergipe. Isso não vai acontecer porque ele vai para casa. E eu tenho um pedido a fazer: gostaria que João retirasse a candidatura dele, pois ele não tem condição de ir para reeleição. Seria muito bom para democracia que João fosse para casa escrever um livro de memórias, cuidar dos netinhos e largar a vida pública. Chega. Ninguém aguenta mais essa turma que está aí há 40 anos com o mesmo discurso.

SS – E os seus demais concorrentes?

JT – Vou fazer outro pedido ao governador Jackson Barreto (PMDB) que ele desça do palanque sem futuro de Edvaldo Nogueira (PCdoB). Edvaldo foi prefeito de Aracaju por um acidente da política. Ele nunca trabalhou. Foi prefeito em um acordo político e foi manipulado pelas lideranças. Ele não tem projetos. Nos debates vou perguntar a Edvaldo qual foi a obra estruturante em Aracaju, e olha que ele era amigo do governador e do presidente. Desse presidente (Lula) que acabou com o Brasil.

SS – Mas o candidato Edvaldo Nogueira, que o senhor chama de sem futuro, lidera a pesquisa. O senhor acha que esse quadro se reverte a seu favor?

JT – Se reverte sim. Não acredito na pesquisa, embora esteja satisfeito com 1%. Mas já foi comprovado que as pesquisas no Brasil são todas manipuladas. Existe um comentário no meio político que tudo é manipulado. Foram entrevistadas 600 pessoas. Agradeço quem lembrou do meu nome. Outra coisa: não vamos esquecer que quem ressuscitou o dinossauro João Alves foi a incompetência do senador Antônio Carlos Valadares (PSB), de Edvaldo Nogueira. João estava no cantinho dele e o ressuscitaram. E aí está a tragédia. Se Edvaldo tivesse feito uma boa administração, João não teria voltado. O problema não é partido, são as pessoas. Não estou discriminando, mas Jackson foi pegar um alagoano e uma brasiliense (Edvaldo e Eliene Aquino, a vice) para comandar Aracaju. As pessoas de Sergipe não tem capacidade? Qual o compromisso que essas pessoas têm com Aracaju?

SS – Mudando de assunto. Quais são seus principais projetos, caso o senhor seja eleito?

JT – Os principais hoje são saúde, educação, segurança e mobilidade. Começando pela mobilidade, digo que não tem espaço para BRT. A cidade é cercada pelo rio Sergipe e por isso vamos fazer terminais marítimos, não só para o turismo, mas atender a população. Vou fazer parceria público privada para alavancar o sistema de transporte, atingindo zona norte e sul e garanto que isso não vai atrapalhar o trânsito do centro de jeito nenhum. Vamos criar um sistema com passagens de R$ 0,25, legalizar os 1.500 moto taxis, que não são porque existe malandragem em Aracaju. Vamos colocar 1.500 vans em Aracaju para as pessoas deixarem o carro em casa e também incentivar o uso de bicicletas.

SS – O senhor só tem 1% nas pesquisas. Como se sente?

JT – Muito bem, porque 99% da população de Aracaju não sabe desse projeto. Eu vim ter visibilidade de uma semana para cá e já tenho 1%. Sou muito conhecido em Aracaju. Tenho uma linha de administrador. Os outros candidatos não têm preocupação com a nossa capital.

SS – O que o povo pode esperar no setor de saúde?

JT – Temos um setor tão delicado e João não está nem aí. Segundo informações, não comprovadas, quem comanda a área financeira Secretaria de Saúde de Aracaju é o filho de João, o empresário João Alves Neto. E tem um detalhe: no dia que em sentar na cadeira de prefeito, vou passar um pente fino em toda administração de doutor João. Por que não transformar o Nestor Piva, num pronto-socorro municipal? Por que não descentralizar as ambulâncias do Samu, colocando-as em 10 bases espalhadas pela cidade? Isso está no nosso projeto. Queremos aproximar os médicos, os servidores públicos da sociedade. Não só na área da saúde, mas na educação e na segurança.

SS – E na área de segurança, o que o senhor irá fazer?

JT – Queremos dobrar o número de guardas municipais em quatro anos, descentralizar e fechar parcerias com as forças de segurança. Queremos aproximar os guardas da população. Tenho que reconhecer que no governo de João, a guarda municipal melhorou, mas tem que melhorar muito mais.

SS – O senhor vai criar uma super secretaria?

JT – Sim, vou criar uma para comandar todas as elas, vamos acabar com as malandragens nas licitações. E reafirmo. Um dia, vou ser prefeito de Aracaju e as pessoas vão ver como se administra. Faço um apelo às pessoas de bem, para que se envolvam na política. Meus amigos me perguntam porque estou envolvido nisso (na política) e respondo que é por isso que está essa bagaçada.

SS – Deixa eu te fazer uma pergunta: se o senhor for eleito, sua administração não corre o risco de acabar em pizza, como tudo nesse país?

JT – Não, até porque minha história não começou em pizza. Com muito orgulho, comecei a vender batata na feira de Itabaiana, aos 12 anos de idade. Existe essa brincadeira, que não só você questionou, mas a minha linha e minha postura não é de brincadeira. A pizza é um produto muito bom, não vou usar para fazer campanha. Eu sei que seu trocadilho foi brincando, mas nosso projeto é de uma seriedade enorme.

JT – Posso fazer um último pedido?

SS – Fique à vontade…

JT – Que João Alves retire a candidatura dele, porque ele não tem condições físicas nem morais para isso. E o outro é um recado curto e grosso para equipe de João Alves. A partir de 2017, quando eu sentar na cadeira de prefeito, vou passar um pente fino em cada secretaria, em cada departamento e, se houver desvio de dinheiro, vai para cadeia todos eles e vai devolver o dinheiro. Não estou acusando, mas falando em cima das declarações de Machado. Quem estiver fazendo malandragem, quando for prefeito de Aracaju, vão todos parar na cadeia e devolver cada centavo da população de Aracaju.

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