sexta-feira, 29/03/2024
O disdrômetro: um sensor que transmite um feixe a laser, e que regista a energia do impacto de cada gota por frações de segundo Foto: Edinaldo Nascimento

Aparelho da Semarh verifica características das chuvas

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A Sala de Situação do Centro de Meteorologia de Sergipe, vinculado ao Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), instalou recentemente um novo aparelho que vai ajudar a medir as características físicas das gotas de chuva, como volume e intensidade.

Trata-se do disdrômetro: um sensor que transmite um feixe a laser, e que regista a energia do impacto de cada gota por frações de segundo. O aparelho calcula a dimensão das gotas, desde as pequenas (fracções de milímetros) às maiores (seis milímetros), já que quanto maior for a gota, mais influência ela tem na erosão dos solos.

De acordo com o coordenador do Centro de Meteorologia de Sergipe, Overland Amaral, o equipamento foi adquirido por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em parceria com uma rede de estudos das universidades federais de Alagoas e Campina Grande, onde Sergipe foi incluído, via Semarh, como coparticipante.

“O Nordeste está passando por essa crise hídrica e realmente é interessante saber do tipo de chuva que vem a cair na região e, consequentemente, o que acontece com o solo e nas bacias hidrográficas. O aparelho tem um processo físico muito sutil, emite um laser, como se fosse um leitor de código de barras e tudo que passar, em todos os níveis, será captado. O objetivo dele é medir a velocidade das chuvas, mas fundamentalmente, dar característica para a questão da erosão, principalmente nesse momento de seca, onde se perde a cobertura vegetal”, explica o coordenador.

Ainda conforme Overland, o disdrômetro cobre apenas a parte da região litorânea de Sergipe, uma área corriqueiramente úmida. Futuramente, afirma o chefe da meteorologia, há o interesse de adquirir mais um aparelho para outras regiões do Estado, como Agreste e Sertão, que têm características físicas diferentes, mais suscetíveis a chuvas torrenciais.

“O aparelho emite sinais das condições do tempo vinte e quatro horas. É um equipamento incrível. Ele não dá apenas o volume da chuva, mas todas as características das gotas, isso que é importante. Nosso objetivo é ampliar e equipar a Sala de Situação no sentido de monitorarmos e estudarmos o meio ambiente na tomada de decisão, em cima do que é gerado e produzido por aqui”, concluiu ele.

 

 

 

 

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